Este dia me faz lembrar um acontecimento muito importante na minha vida, que aconteceu há trinta anos. Foi o dia do meu casamento e dia do aniversário do meu pai. Eu quis fazer essa homenagem a ele, para demonstrar o quanto ele era importante na minha vida. Hoje, nem ele nem meu ex-marido se encontram aqui. Não posso dizer que o meu casamento não deu certo, por este ou aquele motivo. Tenho a prova viva de que em algum momento eu fui feliz: tenho dois filhos lindos e um neto que a Larissa me deu. Estou relembrando isto e aproveitando para dizer às pessoas que fizeram parte dos momentos em que fui feliz, que o divórcio não apaga os sentimentos que um dia eu tive pelo Luiz Carlos e fui me despedir dele, quando ele partiu, não só para encerrar um capítulo da minha vida, mas sim porque devia isso a ele. Um dia, em algum lugar, nos reencontraremos novamente, e é nesses momentos de despedida que percebemos que precisamos estar lá, prestando uma homenagem a quem nos deu o maior tesouro que pode existir na face da terra: os filhos! E foi por amá-los demais, que os acompanhei naquele dia. Uma mãe jamais abandona seus filhos nos momentos em que eles mais precisam. Não importa o que possa ter havido no passado. O importante é amparar emocionalmente aqueles que ficam. A dor da despedida sempre é cruel e não se apaga para sempre, apenas adormece em nossos corações.
Pai querido, tu fostes a âncora que me segurou nos momentos de incertezas e por isto te sou grata por tudo o que me ensinastes.
Eternamente,
Débora Benvenuti
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