Um silêncio ruidoso apodera-se mim, fazendo soar os sinos da minha mente...
Ninguém por perto, tudo se encontra tão longe e soa no meu coração a melodia constante.
A melodia que se repete e repete e repete... como uma tristeza fantasma e insistente.
É quase um bolero, que eu nunca soube dançar. E passo a passo o danço, deixo-me ir...
Deixo-me sempre ir embalada pelo batimento. As recordações...essas... por vezes voltam...
E trazem aquelas lágrimas que caem sem querer. Soam os sinos, caem as lágrimas, saem os suspiros.
Não quero, não? Sei lá... não tenho que querer. Tenho que sentir. Toda eu sou sentimentos...
Toda eu sou pensamentos e sensações.
E deixo. Deixo-me embalar neste silêncio, movendo-me ao ritmo do vento da mente.
Da brisa leve e constante dos pensamentos, das recordações, dos tropeções, de tudo e tudo.
Embalo-me, movo-me, respiro. É uma tristeza que canto e que deixo que o vento leve.
Choro e sorrio. Sinto um aperto no coração e a leveza apodera-se de mim.
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