Navio Fantasma

Vela ao vento uivante, nevoeiro maldito da manhã,
Gengivas sangrando escorbuto, na boca que um dia foi sã.
Jazem garrafas por todo convés,
bêbados e loucos da cabeça aos pés.
Da mezena ecoou um grito estridente,
“Vejo velas! Um navio logo a frente”
Com butim a vista o capitão sorriu.
Um estrondo, um tiro de canhão desferiu.
A barca é translúcida, tripulação pasma.
Malditos encontram o navio fantasma.
Diversas historias já ouvira dizer
Monstros e bestas já pudera ver,
Mas não houve tempo da nau manobrar
E tiveram seu destino no fundo do mar

~Coruja, o Pirata Rei