Portuguese
O teu silêncio é um punho cerrado!
Indiferente, é uma língua que trava!
Contundente, sepulta cada palavra!
Um pecado infame num jogo viciado!
O teu silêncio é um gatilho resignado!
Frustrante gestação em olhos rastejantes!
Sibilante rotação em marés serpenteantes!
Um débil nado-morto excomungado!
Mas aqui me tens, encostada a esta parede,
A afogar-me em ti enquanto morro de sede
E conto as estrelas (de)cadentes da utopia...
Tão bom seria que de vez me matasses,
Que em rubros gritos por fim enterrasses
Esta parábola de anímica agonia!
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