Portuguese
Fotógrafo:
Os meus braços tornam-se ramos e as pontas dos meus dedos são folhas maduras e serenas. Pássaros que devoram o céu vêm fazer ninho no meu aconchego de árvore. Tenho cabelos inquietos oscilando no vaivém de um vento caprichoso, fazendo uma canção no seu rumorejar que fala de madrugadas vermelhas e leitos feitos de relva terra suada e frutas tombadas. O meu corpo é sólido, tronco resinoso que pode ser trepado mas não vergado. Finalmente ganhei raízes; podem vir ventos de sabor amargo que não me deitarão ao chão. O mau tempo é agora rega, e o céu é o meu limite.
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