De dentro para fora
e de fora para dentro
vivo muitas vidas numa só...
Faço e refaço o puzzle da minha existência
desintegrando-me em momentos de pó
e reconstruindo os pedaços que ficaram esquecidos na poeira do caminho,
largados sozinhos para de novo fazerem sentido,
peças agora essenciais
no livro desfolhado daquilo que sou e por vezes não sei ler,
por nascer em mim um novo alfabeto,
desconexo e ansioso
que me confunde a vista e cansa a alma.
Regresso então à escola da vida
e com certo deslumbre
conheço uma nova história
da qual sou protagonista involuntária e espectadora curiosa.
Tudo em um, e tudo em nada,
vazio e plenitude,
construção e implosão,
num sabor chocolate-limão
que é o agridoce nascer,
no horizonte da minha mente,
de uma nova alvorada,
que tudo me pode trazer
e da qual (ainda) não espero nada.
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