Ana adora nadar e ao lado da sua mãe, já nadaram pelo mundo inteiro por águas frias, águas quentes, águas calmas e outras bem mais agitadas.
Cruzam com barcos grandes, brancos com muitas janelas e cheios de pessoas, barcos grandes e feios carregados de grandes caixotes coloridos, barcos mais pequenos que lançam ao mar grandes redes e barcos cheios de pessoas que riem e tiram muitas fotografias quando as vêem passar.
Com oito anos, Ana nada pelo mundo inteiro ao lado da sua mãe… mas raramente nadam sozinhas! Por esses mares e oceanos, elas nadam com tartarugas, meros, raias, polvos, golfinhos, peixes-espada, tubarões e muitos, muitos pequenos peixes cheios de cores e de ritmo! Houve até uma vez, que nadaram com um homem vestido com um fato preto que deitava divertidas bolhinhas por um tubo… Foi só uma vez, mas Ana gostou tanto que até o deixou tocar-lhe e cantou para ele!
O mar azul e salgado do Atlântico é o seu preferido e quando nadam para sul, Ana pede sempre para se demorarem mais um pouco por ali.
Ana adora nadar…especialmente quando está junto aos Açores!
Primeiro, visitam a ilha mais pequenina e a outra mais colorida “cheia de flores”, diz-lhe a mãe. Depois, aproximam-se de outras duas que quase se tocam. A “ilha montanha” é muito alta e bicuda e a outra tem uma parte nova “que nasceu com um vulcão”, explica a mãe à curiosa Ana. Quando passam por estas ilhas, há sempre muitos barcos cheios de pessoas que riem e tiram fotografias. Ana gosta de ver o sorriso das crianças que estão nesses barcos! Quando os barcos estão suficientemente perto, Ana mergulha um pouco, agita a sua cauda no ar e depois deita um grande repuxo de água para o ar! Ouvem-se palma e muitos risos e todos querem tirem tirar fotografias e apanhar o melhor ângulo… e Ana gosta de ficar por ali um pouco!
Passado um tempo, observam o sol cada vez mais baixo e mergulham para águas mais profundas. O motor dos barcos, os risos e os aplausos ficam cada vez mais distantes e, durante longos minutos, elas deixam-se ficar a nadar na companhia uma da outra.
Quando regressam à superfície, Ana canta de alegria, pois sabe que está a caminho da sua ilha preferida!
Depois de passar pela ilha mais estreitinha de todas, já consegue ver o imenso verde dos serrados terceirenses! Estamos a chegar…! exclama Ana.
Quando avistam o grande Monte Brasil, mergulham e deslizam, suavemente, no azul profundo a sul dos Ilhéus das Cabras. Pouco depois, o enorme coração de Ana começa a bater ainda com mais força… Sabe que, quando emergir, os seus olhos vão pousar na Serra do Facho e ele estará quase a chegar!
Ana adora nadar… mas quando chega à costa sudeste da Terceira, gosta de descansar e cantar!
Quando as baleias se aproximam, Odete apressa-se a agitar as suas asas e voa com ligeireza, aproveitando os ventos e as aragens que sopram acima das águas azuis.
Depois de sobrevoar as duas enormes baleias azuis, Odete pousa numa rocha e deixa-se ficar a conversar : O que contam? Que novidades trazem desses mares?
Ana afasta-se um pouco delas, aproximando-se mais da costa e o seu olhar fixa-se nos serrados da Serra do Cume, à espera…
Quando Giraldo aparece, os seus olhos brilham e a jovem baleia mergulha, envergonhada! Ao regressar à superfície, enche-se de coragem e canta-lhe uma canção de amor!
Giraldo é um jovem touro que gosta de observar o oceano. Ao olhá-lo, repara numa jovem baleia e, ao ouvir o seu maravilhoso canto, o seu coração acelera…
- Estou apaixonado! - diz baixinho.
Quando vê aquele touro lá no cimo, Ana canta e o seu coração acelera…
- Estou apaixonada! - diz baixinho.
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