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Era Primavera no mar da vida
A luz que este meu rosto iluminava.
O sol morreu ... De dor fiquei deprimida.
Meus sonhos se vão embora, em debandada.
Dum mal que o meu orgulho desdenhava,
coisas que em mim sentia, outrora,
como se eu fosse uma velhinha ignara,
sendo eu capaz de o sentir agora.
Mas também o sol chora de tristeza.
Tudo o que eu sinto, sem poder esquecer,
qual mundo irreal de um lindo amanhecer.
Descola-se do alvo a chuva, como quem reza.
A noite sou eu própria, a noite escura,
poema de solidão e de amargura.
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