SOLIDÃO

 

SOLIDÃO

Portuguese

Era Primavera no mar da vida

A luz que este meu rosto iluminava.

O sol morreu ... De dor fiquei deprimida.

Meus sonhos se vão embora, em debandada.

 

Dum mal que o meu orgulho desdenhava,

coisas que em mim sentia, outrora,

como se eu fosse uma velhinha ignara,

sendo eu capaz de o sentir agora.

 

Mas também o sol chora de tristeza.

Tudo o que eu sinto, sem poder esquecer,

qual mundo irreal de um lindo amanhecer.

 

Descola-se do alvo a chuva, como quem reza.

A noite sou eu própria, a noite escura,

poema de solidão e de amargura.

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