No meio da estrada que seguia e julgava vazia, de folhas sós e soltas que pisava sem notar,
Pelos jardins de flores por colher que acabara de passar,
O seu sangue gélido não corria mais veloz, a máquina indiferente não pulsava mais constante.
…Havia um refúgio, um refúgio em sua mente,
O sonho…e sonhava, sonhava com o dia diferente.
O caminho que seguia era seu, isso sabia.
As folhas que pisava eram pintadas de outono, e o seu doce som estaladiço soava acolhedor,
Os jardins cheios de cor e formato e cheiro, num caminho preenchido, inteiro.
Nas artérias, emoção renovada, descontrolada, inacabada.
Um ardor de sentir que tudo o que é, nunca é nada.
E já desperto do sonho tão consciente, o culpado não era o corpo, era a mente.
Tudo o que era e mais ainda poderia ser,
Tudo o que tinha e mais ainda poderia ter,
Era tudo enfim seu por fazer, jamais o sonho precisou de acontecer!
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