Epílogo

És, até hoje, o meu aconchego mais insuprível,

pela forma redentora e ininterrupta em que te anuncias.

Não sei como o fazes, nunca soube,

mas mora em ti o incrível dom de te encaixares

nessa ranhura de tempo e espaço diegéticos

que contaminam a eito a minha realidade.

Cobiço a tua postura de total despudor,

desabitada de artifícios retóricos ou vocativos.

Adoro a maneira como me aduzes, desamparada, para o teu epicentro

e adoro constatar-me completa no epílogo de nós dois.