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Deixei lá distante
Algures escondido
Um eu meu amigo.
E agora perdido,
Em luta constante
Sozinho e comigo
De tão escaldante
Sou só o restante
Dum grande castigo!
Solidão imensa!
Que sofre e que pensa
Na guerra dos eus,
Sem sonhos dos teus,
Reparo e entendo
Que nunca pretendo
Que os teus sejam meus.
Com os eus e a alma,
Que os une e acalma
Vou vendo o abismo,
Não penso nem cismo,
Não paro, não quero!
Nem quero saber
Se aquilo que espero
É fruto do querer
Ou se é do meu ser.
Horácio Graça
Janeiro 2013
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