Quando morrer ireis todos falar de mim
E a loucura de outrora passará a ser o que é:
Inteligência crua que dá marteladas na fé,
Humanizando os sonhos que tombam no seu fim.
Quando morrer ireis todos falar de mim
E ensinar a ver aquilo que não pode ser ensinado:
A força de dizer, rente ao chão, SIM!
Sereis servos da esteira que pousa as quimeras
Das noites que vivi sem estar sossegado
Pela força de ser mais do que a realidade.
Quando morrer ireis todos falar de mim!
Tereis saudades do tempo em que o presente
Era só o futuro. Uma qualquer possibilidade
Distante do abraço que faz luto do Oriente.
Respeitareis a voz que se fez, por intento, surda
Na ânsia de encontrar companheiros de viagem
Perto da controvérsia sem carneiros na paisagem.
Pois, não serei eu, mas a própria vida absurda!
Quando morrer o mundo estará morto,
Será novidade sem passado no fim…
A loucura passará a ser o vosso conforto.
E ireis todos falar, inevitavelmente, de mim:
Inteligência crua que dá marteladas na fé,
Humanizando os sonhos que tombam no seu fim.
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