A visão do infiel
Crítico os outros sou agente de descriminação
Sou por vezes tão cruel, onde anda meu coração?
Difícil é eu jogar com o que sinto
Não quero ter que ouvir que minto.
Fascista me confesso sou demais sádico
Gosto de ver como se processa o trágico.
Vejo na sociedade vícios muito parecidos
Cria-se de tudo, do que não vale ter amigos.
Onde as guerras e vitórias são demais cruciais
Tem de haver pessoas como eu para existir policiais
Consumir o crime como quem consome ar
Ter todas as oportunidades, é só uma questão de optar.
Não sinto me animal perigoso pois domino essa ideia
Não tenho poder especiais, faço doutra maneira a minha teia
A força é a astucia dos que não pensam mais alem
Forço a massa cinzenta perspetivo o que me convém
Heróis são demais uma idealização
Procuro a realidade não consumo ficção.
Felizmente creio bem na minha fé
Sou um vulto religioso que não anda a pé
Revogo os deuses não aposto num criador
Vejo e sinto, que saga esta sem mediador
Acredito que estamos acreditando
Que enquanto vivemos, vamos lutando.
Mentiras eu conheci que era uma possibilidade
Belo valor que alcancei com a bela sociedade
Assumi o risco enfatizei a ideia no meu neurológico
Vi diante de mim o ser que não faz prepósito
Que busca no que não existe algo que tem de existir
Quer seja por necessidade ou para me divertir.
Lindo e trágico destino tem de ser
Ou não fosse tudo a possibilidade de acontecer…
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