Relativamente há minha vivência no contexto do Pré-Escolar foi, numa palavra resumidora, gratificante, para a minha aprendizagem. Gostaria de deixar a minha opinião de uma forma generalizada, dizendo que foi uma experiência com uma base de sustentação muito forte, pois fui encontrar um contexto que me surpreendeu e afetou a minha maneira de ver o Pré-Escolar. Na minha opinião, com experiencia vivida, o que posso afirmar, é que é um contexto de extrema importância para a formação de qualquer individuo. Em relação às crianças, o que tenho a dizer é que são seres extremamente especiais, merecedoras da nossa total atenção e dedicação. Estas demonstraram por atos, por palavras, por atitudes, que são seres sensacionais.
Não sendo o Pré-Escolar de carater obrigatório, é definitivamente importante rever a sua obrigatoriedade. É de extrema importância as crianças bem cedo interagirem umas com as outras, isto é, na reta de lançamento que tem para a sua vida adulta é bastante importante que as crianças frequentem locais onde possam conhecer e interagir, com realidades diferentes às que vivem em seio familiar. Deste modo, formasse desde cedo uma relação social, uma preparação para a sociedade. Por outras palavras, além de desenvolver competências e as suas descobertas por intermédio deles próprios e por intermédio do educador, também os possibilita há interação humana, o que propicia de alguma forma, em formato mais pequeno uma representação da sociedade e da sua total diversidade.
As propostas educacionais e curriculares surgem em sintonia com uma determinada conceção da criança e nas várias formas de a motivar a viver e sentir o mundo que a rodeia, a vida que faz parte do seu quotidiano e o conhecimento que pode adquirir com a ligação a tudo isto, dia-a-dia, no seu crescer. Sendo a criança um ser em formação, é no fortalecer da sua personalidade que vai adquirindo novas competências, novas interiorizações que servirão de suporte facilitador ao seu longo processo de aprendizagem.
Existem aspetos que são deveras importantes para obtermos uma sociedade, mais justa e mais efémera a brilhar a todos os níveis. Necessariamente a aplicação de uma nova visão no ensino, potenciará algo que ainda não foi alcançado, até então.
Sabendo que o ser é influenciado por tudo que lhe rodeia é necessário perceber que tipo de seres humanos existem no nosso planeta. Sabendo que a diversidade humana é um facto incontestável, é primordial perceber que os seres humanos são mais do que máquinas de pensar, são organismos deveras especiais, que reúne tudo aquilo que nos distingue dos outros seres vivos e não vivos.
O Professor/educador deve ser, antes de mais, uma agente distinto de responsabilidade social de alta importância.
Ao educador cabe a responsabilidade de formar os educandos em conformidade das suas necessidades, das suas caraterísticas, de maneira a intervirem não só como transmissor de saber, mas sim como agentes ativos e importantes na preparação e projeção, mais coerente, mais humanizada. O ato de ensinar e de educar deve andar em parceria no agente transmissor, pois aquele que percebe o que representa esta difícil tarefa reconhece que o que faz não é somente importante, mas sim necessária, pois a evolução da humanidade a nível de valores está presente, e como tal, o ato de destruir tem vigorado muito nos últimos séculos, e esta não é a função do ser humano no mundo.
É crucial a preocupação com aspetos que o educador deve reunir para dar aso de maneira brilhante aquilo que faz, transparecendo respeito, motivação, paixão, devoção, pelo que cada um acredita ser o melhor para uma sociedade, mais atenta e justa e mais preparada para o que poderá surgir, durante o seu ciclo de vida. Conhecimento = segurança, pois é uma defesa saber mais. Pensando melhor.
Todavia, o Professor/educador tem de construir uma ética que a nível profissional deva garantir aquilo que é fundamental para assegurar uma educação promissora, com qualidade, e para isso é necessário, ser sério com aquilo que representa. Ou seja, existe aspetos na sociedade que são uma constante e para fazer face ao que está mal na sociedade deve-se fomentar valores que são essenciais para haver harmonia, e melhores condições, entre humanos, a saber: Respeito, tolerância, solidariedade, cooperativismo, gratidão, fidelidade pelo que representa, criatividade, protecionismo, liberdade, dignidade, autoestima, felicidade, para que hoje, como já referi anteriormente, haja mais justiça, entre seres, pois todos devemos ter os mesmos direitos e deveres, indo ao encontro dos maiores valores que estão instituídos na declaração dos direitos humanos, que é de facto algo que o ser devia respeitar e ter em consideração.
ARTIGO 26.º
- “Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
- A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.” (Unidas,1948)
De toda a teoria adquirida nos anos de instrução que frequentei no ensino superior passando para a prática, vi as dificuldades, vi a realidade de um professor. Cresci como indivíduo, pois complementei a teoria com a prática, isto é, tudo aquilo que faz sentido quando o objetivo no futuro é sermos profissionais competentes e procurando sempre o melhor para os nossos alunos, o melhor para o ensino e ter sempre a noção que nunca sabemos tudo e estamos sempre a aprender e que temos, como tal, adaptar-nos aos contextos, tentar sempre fazer da arte de ensinar algo que valha a pena, pois sigo a máxima que o ensino é a base de tudo.
É importante que a sociedade e os órgãos políticos percebam que a educação é fundamental na vida de cada individuo. Com a vida percebi que se houver condições para mudarmos para melhor mudamos. A instrução nunca é de mais e quanto mais soubermos mais completos somos, mais concluímos que o saber é infinito, que o saber é deveras uma arte que vale a pena à semelhança do que disse Fernando Pessoa “ Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
A educação da criança é uma questão social e cultural.
A minha motivação para encarar esta oportunidade, foi desde início estimulada pela grande vontade que sempre tive em ser professor. A vontade move montanhas e o sonho move o ser humano. Deste modo, o meu objetivo como futuro docente não é ser mais um, mas sim ser um que faça a diferença pelo lado positivo, em que o grande objetivo é ser um profissional dinâmico, competente, futurista, respeitado, um bom exemplo a seguir. E o mais importante lutar por uma educação de qualidade, que possa proporcionar uma sociedade melhor, por intermédio de indivíduos mais autónomos, mais ativos, mais solidários, mais respeitadores, mais felizes.
Em suma, as crianças são o futuro de qualquer nação. Posto isto, a sua importância no mundo é deveras tão importante como a dos restantes que habitam no planeta. Devo encarar como futuro professor, que a educação é fundamental e é a base da sociedade.
“Educação não é só ensinar, instruir, treinar, domesticar, é, sobretudo formar a autonomia do sujeito histórico competente, uma vez que, o educando não é o objetivo de ensino, mas sim sujeito do processo, parceiro de trabalho, trabalho este entre individualidade e solidariedade”. (Demo, 1996, p. 131)
Desta forma, não devo-me conformar com aquilo que eu acho que não está bem na educação e lutar todos os dias, por uma educação mais democrática, uma educação de qualidade, por algo que valha a pena e que se torne em algo que vá fazer a diferença de forma positiva no futuro.
Leonardo Holmes.
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