Escrever para ti, é sair para a noite no assombro do olhar , e continuar a seguir viagem, sem nunca te tirara do esconderijo do olhar, vezes sem conta a deslumbrar num vale de lágrimas a quantidade de momentos partilhados na tua presença.
Como criança que foste no bosque da memoria de amores que carregas nessa estrada chamada vida , no caminhar de ver e analisar os sonhos dos amores perfeitos e imperfeitos.
Os familiares a verem te crescer, a transformar cada olhar, cada sorriso teu, os conflitos das discórdias das escolhas que ainda hoje são o que te tornam tão real.
São esses momentos que não nos continuam a dar a escuridão da noite, como esta que se apresenta dia após dia, por já ser noite e carregar o frio de mais um dia , que se fez, porque faltas como peça de um retrato que se foi deslocando de variadas formas num ser humano, a tornar tudo tão perfeito e cheio de cores, no cantinho onde chamamos amor de todas as alternativas com que bate o coração, pelo amor que sentimos.
Bate desenfreadamente até termos coragem de ir para casa, como se o dia já tivesse dado o ganha pão, com aquelas melodias que soam baixinho, e vibram por dentro, na tua lembrança.
E nesse momento que verificamos que não podemos viver na escuridão.
A luz ainda é presente quando estamos inactivos para outras tarefas, porque Deus ainda nos permite abrir os olhos e sentir mágica-mente, cada horizonte que nós compulsivamente sentimos na lembrança, pela saudade...
Amor a ser descrito mentalmente, por sabermos que temos que continuar neste caminho e abraçar o mundo, de uma forma desigual.
As cobranças que se fazem neste caminho da noite.
As lágrimas por sentirmos tudo na pele.
As injustiças sem cobranças, para manter-mos tudo como dita a lei.
É o continuar a olhar para cada momento de amor e sentir o aglomerar de palavra, é olhar instintivamente sem licença, e sentir que o amor foi verdadeiro, que houve beijos desiguais, abraços fortes entre muitas metades, sorrisos esvoaçantes , brancos como singelas, a voar em cada lembrança.
Sinto- te inteiramemte, e agarro -te!
Palavras guardadas na memoria , até ao ponto de se tornar gritos compulsivos da alma, virando vale de lágrimas, pela saudade de cada momento, mesmo o da luta que não torna a ser diferente daquilo que foi.
Ainda te lembras da luta?
Hoje é sair á varanda, debruçar o olhar para a terra, e elevar mutuamente olhares.
Sair porta fora, e sentir a companhia desta ou daquela pessoa, no compasso de querer , anestesiando, o conflito interior, pegar na chave e voltar a abrir a porta e sentir, as quatro paredes, de olhos fechados.
Agora está tudo silenciado pelo momento...
Acordo novamente para o dia, com um sorriso. E tento aglomerar mais sorrisos.
Quando olho, como o inimaginável que só pertence a ti...
Deslizou até aqui, o resto, senti a vibrar, até ao ponto de tremer, com brilho, no meu olhar.
Como perplexidade, de quem ainda acredita, no poder da memória, guardo- te na minha vida.
Porque está viva, está viva...
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