«Em tempos conturbados, social e economicamente, o autor manifesta-se “pacificamente” pela poesia. Alerta-nos para a necessidade de despertar consciências, de lançarmos as fundações de uma "Nova Era" que terá de brotar do interior de cada um; terá de ser do renascer individual que se conjugarão sociedades renovadas.
Através de uma poesia interventiva, leva o leitor a auto-questionar-se: quem sou e o que pretendo fazer? Que caminho seguir? Como posso influenciar positivamente a sociedade onde vivo?
Decomposta em duas partes, a obra relembra que cada Homem se define pelas suas escolhas. Nelas, reside o esboço do futuro, individual e colectivo.
Começando por denunciar existências manipuladas, sem escolha de caminho e com rumo colectivo arquitectado de fora, o autor lamenta num gemido poético que se funde e arrasta num ansioso suspiro por novos dias.
Depois surge um grito rebelde que martela o espelho doloso e desnuda as ruínas do mundo social. Pretende-se despertar o Homem da sua apatia e activar o sentido da vida e os nobres valores. Estando desperto, novos horizontes serão alcançados. Saberá quando dizer «sim» ou «não» e escolherá o seu trilho.
O futuro começa hoje na definição de cada carácter. Na determinação de cada um e nas suas decisões. Ao nosso lado outros nos seguirão. Nessa sementeira da nova consciência, se muitos o quisermos, o futuro será resplandecente e íntegro. Estará aí uma “Nova Era”.»
José Belo Vieira, in Prefácio.
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