Vou ter com a minha gente
Povo meu, Gente minha que me acolhes
Adentro nas tuas casas me sento junto a lareira
Que saudades tenho de vocês meus queridos velhos
Do vosso silencio ao encherem de carne a tripa do porco
Ouvir-te a ti minha tia de setenta anos que fala do ano passado
Esperamos juntos pela hora em que nos deitemos em colchões de lã
Sonho eu a manhã seguinte em que me deixes dar trigo as galinhas
Vejo-te nesta manhã com o teu olho no fogão onde assenta o almoço
O nosso dia vai crescendo nos cumprimentos aos compadres
Esses que a par de nós nos deixam a sua porta aberta
Onde entra o sol e a brisa que faz respirar as tuas paredes de cal
Por onde entro também para lanchar leite com café e pão com manteiga
Povo meu, Gente minha que me acolhes….
São estas as palavras que viveram a tua vida
Por lá passei eu de forma alegre e sentida
Tudo de mim em ti ficou e nada foi de partida
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