De mim não falo mais

 

De mim não falo mais

Portuguese
 
De mim não falo mais,
Só arranquei um desejo da poça,
Se bem que nem o conheça,
Mas não falarei dos demais,
 
Que o diabo os carregue, (aos outros leais seis ou sete),
Disseram-me estes: “Anda, anda ver o lindo pôr-do-sol no cais”,
Mas até o sol me segue a escorrer de sangue,
Se ainda tento fugas desleais.
 
De mim não falo mais,
Mas Terei horror do luar disfarçado de lobo,
Na copa dos velhos, velhos olivais,
Quando o meu ensejo for negado
 
E esta despida carne comida por animais,
(Agora no claro da noite ainda rezo em segredo)
E se o desejo meu tremer de medo.
Ainda mais odeio a convicção da cereja na ramada,
 
Quando esta fica encarnada e enchida
E com cachaço de tocador de trompeta
E a ventania por nada fica parada,
Nem aquela aragem de quem se sente longe e volta.
 
Por mim não falo mais,
que falem os espíritos ,das crenças da noite,
(Tidas como horríveis)
E nem espero que o desejo de que falo, se nem me conhece, volte.
 
 
Joel Matos (2-11-2010)
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Que o diabo os carregue,

Que o diabo os carregue,

 

 

De mim não falo mais,

Só arranquei um desejo da poça,

Se bem que nem o conheça,

Mas não falarei dos demais,

 

Que o diabo os carregue, (aos outros leais seis ou sete),

Disseram-me estes: “Anda, anda ver o lindo pôr-do-sol no cais”,

Mas até o sol me segue a escorrer de sangue,

Se ainda tento fugas desleais.

 

De mim não falo mais,

Mas Terei horror do luar disfarçado de lobo,

Na copa dos velhos, velhos olivais,

Quando o meu ensejo for negado

 

E esta despida carne comida por animais,

(Agora no claro da noite ainda rezo em segredo)

E se o desejo meu tremer de medo.

Ainda mais odeio a convicção da cereja na ramada,

 

Quando esta fica encarnada e enchida

E com cachaço de tocador de trompeta

E a ventania por nada fica parada,

Nem aquela aragem de quem se sente longe e volta.

 

Por mim não falo mais,

que falem os espíritos ,das crenças da noite,

(Tidas como horríveis)

E nem espero que o desejo de que falo, se nem me conhece, volte.

 

 

Joel Matos (2-11-2010)

http://namastibetpoems.blogspot.com

 

 

De mim não falo mais,

Só arranquei um desejo da poça,

Se bem que nem o conheça,

Mas não falarei dos demais,

 

Que o diabo os carregue, (aos outros leais seis ou sete),

Disseram-me estes: “Anda, anda ver o lindo pôr-do-sol no cais”,

Mas até o sol me segue a escorrer de sangue,

Se ainda tento fugas desleais.

 

De mim não falo mais,

Mas Terei horror do luar disfarçado de lobo,

Na copa dos velhos, velhos olivais,

Quando o meu ensejo for negado

 

E esta despida carne comida por animais,

(Agora no claro da noite ainda rezo em segredo)

E se o desejo meu tremer de medo.

Ainda mais odeio a convicção da cereja na ramada,

 

Quando esta fica encarnada e enchida

E com cachaço de tocador de trompeta

E a ventania por nada fica parada,

Nem aquela aragem de quem se sente longe e volta.

 

Por mim não falo mais,

que falem os espíritos ,das crenças da noite,

(Tidas como horríveis)

E nem espero que o desejo de que falo, se nem me conhece, volte.

 

 

Joel Matos (2-11-2010)

http://namastibetpoems.blogspot.com

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