Do mar m’viste,
Do mar me visto,
O céu não tenho,
Faz frio no meu
Peito em pedra,
Gelo ou icebergue,
Assim outros terra e ar,
Sonhos são mantras,
Onde só ondas antes,
Agora ilusão, Atlantes
Do mar, me visto
Do sonho que me perdi
E do que era em gente
E o céu não tenho,
Nem marés d’horizonte,
Faz frio, serei peixe,
O que há em mim,
E me tapando se veste
De mares Atlantes,
Acaricio um mito,
O ritual sou eu, o manto
E o ceptro pó, em mim
Próprio não mando,
Cansado d’haver mundo,
Oh mar, meu leito …
Do mar me visto,
O céu não tenho,
Suposto me dar asas
Ou guelras, nada me serve,
Nem onde és meu,
Eu sou teu ente,
Do mar me vês, por quem
Me sonhas, descrente !
Pedra de gelo ou solo
D’gente …
Jorge Santos (03/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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