Reflicto sobre o que me magoa
Não o mau tempo, Não a chuva,
Desalento na alma magoa mais
Que crime porque despedaça,
Paixão por alecrim e o cheiro
A terra molhada magoam pois
Não os sinto e não posso tocar
Nas lembranças que tenho da terra,
Reflicto sobre o que me magoa,
Sonhar eternamente um só sonho
Não o mau tempo, não a chuva
Desejos são cansaços, mentem
Alecrim é uma flor e o esteio
Da minha alma lá fora é o chão,
Desejos são flora, se me perguntarem
O que sei dos cheiros não sei nada,
Terra molhada, ansiedade, calma,
Desapego d’alma, são sintomas
Dos mais que perfeitos Lírios,
Imperceptíveis à visão, são
Um sentimento, desejos, cansaços,
Reflicto sobre o que me magoa
Agora… nada, a realidade às vezes
Dói realmente, choverá lá fora,
Haverá pó sem estrada, caminho
Sem percurso ou mapa,
Profundo sem fosso, perfume sem
Doçura ou decote sem pescoço,
Reflicto sobre o que me magoa,
Não o mau tempo, não a chuva,
Não o estio que procuro,
Mas a minha incapacidade nata
Pra me reconhecer profundamente
louco …
Jorge Santos (10/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Desalento na alma magoa mais
Desalento na alma magoa mais
Que crime porque despedaça,
o esteio Da minha alma lá
o esteio
Da minha alma lá fora é o chão,
Desejos são flora, se me perguntarem
O que sei dos cheiros não sei nada,
Terra molhada, ansiedade, calma,
Desapego d’alma, são sintomas