Evolução da Amizade
Nasci...
Segundos depois, chorei.
O seio materno era o meu amigo
Não suportava ficar distante
Sentia saudades
E que saudades!
Não sabia falar
Nem tão pouco andar
Apenas me punha a gritar.
E uma primavera
E novo verão
E outro outono
E mais um inverno.
Pranteei dia após dia
Ao sabor do limão da emoção
E arrebatado pelo sal da indignação
Ingressei naquilo que se chama escola
E achava uma droga.
E chorava, chorava, chorava
O tempo ali dentro não passava
E chorava, chorava, chorava.
Como tormenta de agonia
A alma chorava pela erronia
E a cada alvorecer só piorava
E chorava, chorava, chorava.
E mais primaveras
E novos verões
Outros outonos
E bem-vindos invernos.
As estações aceleraram minhas emoções
Elas influenciaram minhas decisões
As amizades apareceram num misto de perfeições
Que só o universo se propunha às indagações.
Entendi o efeito da amizade
Das brincadeiras durante o curso da idade
Dos diálogos sem expor nenhuma maldade
E tão pouco
Da famigerada falsidade.
Hoje
Choro pela ausência dos que partiram
Alguns...
Pelas circunstancias da vida
Não se despediram.
E assim...
No silencio do meu dia a dia
Carrego lembranças sem ironia
De instantes memoráveis
Sem a dor da melancolia.
Conclusão:
Amigos, amigos, amigos...
Companheiros de jornada
Parceiros na dor
Irmãos de vida
Sempre presentes
Como verdadeiros anjos do amor.
O meu “muito obrigado” pela tua existência
O meu “muito obrigado” pela tua paciência
O meu “muito obrigado” pela tua essência
Afinal, amizade é a nossa congruência.
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