Portuguese
- Os poemas são filhos, são gerados
- No seio das palavras que seduzo…
- Não as poupo, e delas não recuso
- A oferta dos filhos tão amados!
- Com a alma sedenta do seu uso,
- Entorno no papel os seus recados
- E depois, com os filhos já criados,
- Do carinho de pai, uso e abuso…
- Mantenho-os comigo, quero tê-los
- Mas, num arroubo vil de vil vaidade,
- Empresto-os a quem goste de lê-los
- São obra minha mas são, na verdade,
- Pertença de quem sente e sabe vê-los
- Como aves voando em liberdade.
Type:
Recent comments