O Amor andava muito feliz.
Por onde passava,
deixava versos
à sua amada.
Pelo caminho
seus pezinhos
pequeninos
deixavam pegadas
pela estrada.
Não percebeu,porém,
que estava sendo seguido
pelo Ciúme,
seu eterno apaixonado.
Sem nada suspeitar,
colhia flores,
escrevia versos,
recolhia estrelas
pelo universo
e as colocava
numa cestinha
que carregava
por onde andava.
Sentia-se feliz,
pois tinha certeza
de ser amado,
enquanto o Ciúme
o acompanhava
por todo o lado
e sentia que preciasava
fazer o Amor
desistir de sua amada.
Para isso, precisava
de sua amiga,
a Incerteza
e com ela, como aliada,
lançar dúvidas
no coração do Amor,
transformar o ardor
daquela paixão
em traíção,
algo que fizesse o Amor
se aproximar da Incerteza
e com ela conviver
muitas vezes.
Por mais motivos
que o Ciúme inventasse,
o Amor esquecia
e perdoava
e fazia a Incerteza
causar mais dúvidas no Ciúme,
até que ele percebeu,
que quanto mais próximo estivesse
da Incerteza,
mais perderia a confiança
do Amor,
que já cansado das
espertezas do Ciúme,
se preparava
para partir,sem demora.
E num belo dia ensolarado,
o Ciúme, já desenganado,
se despediu do Amor
e na companhia da Incerteza
partiu para sempre,
com tristeza...
Débora Benvenuti
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