O Amor, o Tempo e o Vento

 

O Amor, o Tempo e o Vento

Portuguese

O Amor decidiu viajar,

sem data para voltar.

Queria simplesmente,

dar tempo ao Tempo,

caminhar novamente

até morada do Vento,

porque lá com certeza,

tiraria todas as dúvidas

que o atormentavam

há tanto tempo.

Embarcou nas asas do Tempo,

que o conduziu docemente,

por paisagens que se haviam

apagado de sua mente.

Como poderia ter esquecido

tão facilmente,

tantos amores

que julgara solenemente,

lembrar para sempre

e num curto lapso de tempo,

esquecera completamente?

Quem disse que o Amor

existe para sempre?

Será que o amor adormecido,

dorme inutilmente?

Dorme para sempre?

Se for acordado,

será igual como era antigamente?

Essas perguntas,

só a voz do Vento

poderia responder,

se a sua morada

eu pudesse conhecer.

E nessa longa jornada

em que a minha mente

viajou em companhia do Tempo,

ouviu ao longe,

num suave lamento,

a voz do Vento,

sussurrando ternas melodias,

que soavam como uma linda sinfonia,

que falava de um Amor tão infinito,

que mesmo não sendo visto,

flutuava no infinito,

e só poderia ser ouvido

por quem já tivesse amado muito

e por Amor sobrevivido

a esse Amor nunca esquecido...

 

Débora Benvenuti

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