Portuguese
Fotógrafo:
O gabinete
a porta
o fecho
o trinco
a chave
o espaço do passo controlado
os olhos
a luz
o dia
a claridade
o passo do espaço ilimitado
o gabinete
os lábios
a língua
a boca
a voz
o espaço do grito sufocado
Latejante
a palavra emerge
na alma conturbada
no traço
sem hora marcada
uma porta fechada
- porta
- fecho
- trinco
- chave
o silêncio no espaço...
Luíz Sommerville Junior, poesias, Janeiro de 1983
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Ainda bem que em 1983...
Ainda bem que em 1983, já escrevias tão bem.
Gostei muita da discrição da monocórdia e do cinzento dos operários de fato e gravata e da esperança na luz e no ilimitado.
Olá amigo! Tua leitura do
Olá amigo! Tua leitura do poema é genial!Parabéns e gratidão pelas palavras que aqui imprimiste.
Comecei a escrever por volta dos 10 anos, é aos 14 que sou incentivado pelo meu professor de Portugês a dedicar-me à poesia, pena de não ter as dezas de mlhar de textos escritos desde essa época até 2010. Aqui e ali consigo um graças à mão de meu pai que tinha o hábito de guardar algumas das coisas que eu escrevia.Postarei o pouco que tenho desse passado.
Cumprimentos e um abraço "e ainda..." Obrigado, por este excelente site.