À noite, ou melhor, ao repouso do crepúsculo,
Mergulho até encontrar minha janela secreta ao mundo.
Ali ou aqui
Eu e ela ou Eu e Eu
Ou na dúvida, o simples “nós”,
Insisto no aqui, já e agora;
Entretanto, alguém emudece;
Não cresce, não enregela e não padece.
Sem nenhum som e total ausência de alguma existência
Torna-se inviolável à própria dualidade escondida
Que, outrora, por algumas frações de questionáveis minutos;
Esvaía-se em prantos, arrependida.
Esta janela permanece do mesmo tamanho
Os questionamentos aos mistérios permanecem;
O segredo do silêncio ainda é o tesouro perdido
A dualidade duela com lágrimas e entretenimentos
Mas, a arte de conhecer os mistérios escondidos;
Ainda sim, procuro saber e entender.
Há momentos que não a ouço e nem a vejo
Mas, ainda sim, aceito compreender o incompreensível;
Sim, compreender a incompreensão do nosso ser;
É abarcar o desafio da origem do grande segredo do silêncio.
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