Deixa-me ser o teu Deus sintético
A doença e a agonia divina
A intervenção desumana
Misturada na corrupção humana
Deixa-me ser o teu criador
O teu redentor, o químico sagrado
Respira a poluição, abraça a ilusão
Sê o espantalho nos meus dedos
Do nascimento à morte
Deixa-me ser o destruidor
Aquele que consome os teus pecados
Aquele que cria a tua prisão
Aquele que te enche de terror
Além das portas da percepção
Sou aquele que te liberta
O teu novo Deus, sintetizado e rotulado
A criação divina
Desumanizada e bestializada
Meus filhos, a geração sintética
Fantasmas cibernéticos
O novo mundo de escravidão, a desilusão
A luta constante, as vozes que não se ouvem
Sabes agora
Sou tudo o que te prometeram
O teu Deus sintético
Sou tudo o que esperavas que fosse
Sou o milagre, corrupto e amaldiçoado
O lobo entre as ovelhas
Caminho entre ti, dentro de ti
E enterro-te no meu mundo
Cada vez mais fundo na tua esperança perdida.
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