Caos

 

Caos

Portuguese

Condenado e perdido, a ilusão tentadora, o vício presente, a queda no abismo...
Para nunca mais resurgir, perdido na escuridão, vagueando na ilusão, um viciado na emoção. Emoção que corrói, doença em vida que permanece após...
Não posso mais, esta maldição, a minha visão... A corrente que me prende, o coração que me aprisiona. O sol que se põe, a escuridão perpétua em mim... A sombra que cobre o mundo, as trevas que se avizinham.
A minha maldição, a tua realidade. A cortina que começa a desaparecer... O caminho que segue sempre em frente, além das estrelas, no coração do universo.
A voz que se ouve, a brisa que se sente. O frio que te percorre o corpo, o medo que sentes agora. O fim que se aproxima, neste local e nesta hora. Todos os locais e todas as horas. Do passado longínquo ao futuro distante.
Palavras proibidas, escritas na carne que apodrece, carne transformada em cinzas... Cinzas espalhadas num último vento que se faz sentir antes da morte deste mundo... Não consigo sentir... Nada aparenta ser um vazio tão imenso.
O vazio confunde a luz que entra em busca da escuridão. A luz na sua busca penetra a alma adormecida, um novo rumo nasce de um desejo, de olhos fechados observo uma nova criação, o esplendor de um conhecimento proibido. Observo-te como sempre...
Olhos postos no vazio acompanham o sentimento que perdurou desde o primeiro momento. O caos que se instalou há muito repousa agora, escondido onde não o consegues alcançar, longe de ti, escondido do mundo...
O meu segredo, a tua destruição. O que eu sei escondes, mas nada se esconde a nós... Preenchemos o infinito, somos os mestres que manipulam...
E o Caos que dorme...

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