Os ais que me escapam,
não são queixas nem lamentos,
são suspiros meu amor,
que sem dar conta esvoaçam,
por entre suspensos alentos.
São claras em castelo,
feito de sonhos e desejos,
que docemente se batem.
Não de areia que se desfaça,
num breve romper da onda,
mas de forte argamassa,
esculpida pela mão terna,
que se abre e se estende.
Sim minha vida,
minha musa celestial,
são suspiros apenas,
sorridentes e serenos,
escutando teu riso e teu cantar,
de tua imagem me aflorar
em meu doce pensamento;
e todo este meu contentamento,
são como farófias que escorrem,
dentro de mim como mel,
delicioso e de fogoso sabor,
são rosas sim senhora,
são jasmins e são papoilas,
que a minha existência coloriram,
trazendo o ardente deleite,
ao meu jardim e meu paraíso.
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