Portuguese
Viver num desterro,
Assim com um enterro.
Todos os dias os rios desaguam e são frios,
Todos se calam quando as manhãs se juntam aos sombrios.
Noites geladas,
Manhãs desencontradas,
Encontrada numa noite devassa
Não sei bem o que queres que faça...
O relógio anda, a vida passa,
O rio trespassa.
Viver numa sombra que tu criaste.
Não és raiz, és apenas mais uma alma que descuraste.
Vou viver assim sempre a te perdoar.
Perdoo-te no adeus, que já vai no mar.
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