Saudades de sentir, tocar, falar, rir, amar...
Saudades de sentir os teus dedos, que me arrepiam...
Saudades de tocar o teu corpo, quente de desejo...
Saudades de falar, de rir, de chorar e voltar a falar...
Saudades de amar o teu amor, almas que coincidiam...
Saudades de um beijo teu, sem igual, que ainda anseio...
Num sopro de vento, num rio lamacento,
O único amor, voou sem asas, para outra margem,
e o meu amor por ti, quebrou as asas, sem alento,
com o peso de tanta carga, tanta bagagem.
Acabou tudo, num segundo, o amor mais
lindo, que a história assistiu, morreu sem dó,
sem aviso, sem entendimento, e vou, com tais
honras de desespero, deixar de amar, estou só.
Sou sombra do que fui, sou restos mortais.
Fecha os olhos, dá-me a tua mão, ouve o meu coração,
sentes o que diz? Diz-me que há esperança,
que o impossível, pode voltar, que o amor é forte,
que criou asas e se aninhou, em plena adoração.
Acreditas no impossível? A natureza acredita,
e nunca deixa de tentar, assim foi escrita.
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