(...) Peço-te que tranques o olhar onde jamais será encontrado e recordes como era antes de eu decidir tornar-me no algo que os teus olhos viam todos os dias. Lembras-te de como tiveste a capacidade de guardar em ti cada um dos meus sorrisos, o primeiro olhar que trocamos ou a primeira vês que te toquei, era como se te sentisses capaz de viver uma semana disso, uma espécie de recompensa pelo teu jeito desajeitado. Simplesmente deitavas-te com pressa em acordar, e sorrias ao sentir que o faria. Tenho a certeza que perdeste noites a ensaiar discursos para que na altura certa usasses cada palavra no seu devido lugar ou então sorrias como quem esconde a vergonha. Eu próprio fiz o mesmo , perdi noites a calcular a amplitude do teu sorriso e a capacidade que este possuía sobre o meu. A verdade é que tudo isto só durou pouco mais de uma semana, quando o amor insiste em cair na evolução nada o pode revolucionar, e todos os amores precisam disto, todos os amores precisam de viver de sorrisos por uma semana, precisam de olhares que os façam acreditar e acima de tudo precisam de sonhos que os alimentem. Não sei onde foi que decidis-te fechar os olhos , parece que foste com a brisa e gostaste.
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Não sei onde foi que decidis-te fechar os olhos
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