És o gelo que brinca lentamente na minha pele,
E que nela deixa um rasto conhecido e ardente
És o sangue que percorre as minhas veias, quente,
O fumo que consome, pequeno vício envolvente.
És a força que julgava já ter enterrado e esquecido,
Mas ela irrompe do meu mais profundo ser
Continuas secreta, latejante, debaixo da minha pele,
Ansiosa por jorrar, por me ver finalmente arder.
Representas tudo o que em mim incendeia e acaba em chamas,
Instigas tudo o que em mim gela e me torna num coração gelado
És apenas um pequeno vício que deixa um corpo fraco encurralado
Leva de mim todas as palavras que cortam e que tanto aclamas.
És a dualidade dos meus mundos tão díspares e abstratos,
Tudo aquilo que consumes não passam de meros retratos.
Recent comments