Não gosto do que vejo por aqui, por estas bandas.
Todos, sem excepção alguma, levados pela corrente.
Hoje, outrora.
A rede do pescador sem fim.
Os peixes que deambulam pelo mar, tão insensatos de pouca fome.
A fome que os cobre de plasmo e agressividade.
Matamos para comer, o que quer que seja.
Pequenos ou grandes.
A fome é tocante e arbitrária.
Cobre mais aos que possuem, do que aqueles que possuem em alma alimento completo.
Temos fome!
Preocupamo-nos com aqueles que matam por gosto
Sim,porque existe
Este gosto em matar com fome, quando sem fome alguma
Todos acabamos matando.
Aprendi a gostar da vida,porque conheci a morte.
Fria,inválida,disposta a qualquer pendor.
Incerteza estonteante e merecedora
Estranho pensar na morte em vida
mais circunstancio se torna, impávido e sereno
Em ambas se sente uma boa ou nenhuma sensação
No entanto, custa-me ver a morte em vida
e a vida em morte
Ambas se tornam insubstituíveis
Perderemos em vida
Perderemos em morte
Egoísmo da nossa parte
Querer ter em morte a vida em força
Querer o imortal
Por isso, faço o que não conheci na morte,
aprendo com a vida.
Os subordinantes de uma oração subordinada,
encontram-se frente a frente com a multidão em andamento.
Vulgarmente,trazem um olhar distante em silêncio estrondoso.
Os seus nomes querem ser singulares diante de todo o cósmico.
Não se contentam em ser tantos outros.
E eu,olhar perdido em escrita criativa
Apenas mais uma subordinada,
ouço dizerem que antes de alcançar o dia,
o reflexo visível de céu limpo e claro,
Deverei passar pela cave, escura e temerosa.
Passá-la a pente fino, limpar o pó e se possível,a casa toda.
Conto fabuloso,visível em Cinderela.
Com um pouco de fé,talvez consiga alcançar os meus sonhos.
Nós o comandamos.
Eu e tu, leitor
Nós decidimos o seu rumo.
Os subordinantes, o seu andamento.
Digo sonhar mais alto que a maioria.
No entanto, resido nesta casa que ditaste.
Se te escrevesse à meses diria, esqueceste-te deste pássaro
À noite, só os morcegos voam.
Alimentam-se de qualquer um.
Não quero ser animal selvagem, tão pouco doméstico.
De longe, irracional.
Talvez minoria.
Se me estiveres a ouvir,
em oração
Não me dês asas. Tenho receio de ser morcego,
e pássaro que se deixa apanhar
Digo ser minoria. Suficiente o é.
Trago humildade.
Tão raro encontrar junto dos selvagens
Trago honestidade
Falsidade patente nos domésticos
Neste outrem. E se quiser, começar em "e".
E será. E neste outrem.
Por saber que nada neste mundo se dá. Me dá.
Guardo o grito da voz esmorecida neste quarto. Visualizo a fachada portuguesa.
Aguardo a paz entrelaçada pelos fios de cabelo soltos.
Procurei escrever a vida,mas nela encontrei sobressalto constante.
O itinerário infalível do tempo que fui sugando em dízimas.
Nada me dá mais prazer em vida que a leitura em tempo fugaz que aclamamos.
Nada.
Quando em tudo julgas ser.
Superior esquadriz de satisfação vectorial.
Nada me dá mais prazer em vida.
Do que ser.Simplesmente. Ser assim.
Diariamente.
Tanto eu. Prazer em me ser.
Pouquíssimo, quando em mim tanto há.
Alguém que anseia desejar ser.
Escrever é arte?
Aplaudimos após a sua actuação. Considero arte?
Levantamos os olhos, perante abertura ligeira de boca pós espanto.
Os braços. Sem esquecimento,até do corpo.
Somos actores na nossa austera vida. Aplaudimos.
É uma bênção,de via fonética e engrandecida.
Escrevo com as mãos e delas não necessito de aplaudir.
Quero. Não me deixam.
Irei aplaudir aos que me lêem e também aos que me entristecem, por tão pouco.
Lê-me entre linhas.
No campo, calmo e sereno.
No caminho para casa.
Sentada na praça da cidade.
No banquinho do parque, ou até na biblioteca.
Lê-me em corpo inerte, em mãos sujas que não ousem aplaudir.
Em distúrbio com a rivalidade.
E se a última palavra te questionar.
Lê. De novo.
Massivamente.
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