Portuguese
O sol dá lugar à lua, o dia à noite,
Mas será esta a ordem correta?
O rio dá lugar ao mar, a vida à morte,
Porque não é esta uma questão aberta?
Porquê tantos pensamentos? Tantas questões?
De que nos vale buscar toda a verdade,
Se nos nossos mais impuros corações,
Não cabe mais que ódio e vaidade?
A vida é incerta, não se pode prever,
As coisas são vulgares, já devíamos saber,
O tempo é cruel, já todos entendemos,
Mas para quê tanta dúvida? É assim que crescemos?
Vamos dar as mãos, mostrarmo-nos irmãos,
Não querer ser donos da verdade, mas sermos anciãos!
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