“Reflectir por momentos apagados do mundo em redor…sentir apenas o seu interior e esquecer que ouve, mas que por agora só há…”
Silêncio
Num infindo descanso de reflexão
onde sinto calmamente a solidão
penso em ti, silêncio, e observo
este vazio que no meu alcance conservo
vejo que és tudo e não és nada
e me fazes sentir tão bem humorada
inundando-me de dourada paz
qual alegria muda, densa e voraz!
Estás no meu profundo agora
que se abstrai de tudo lá fora
sim, lês o mais secreto pensamento
ou preocupação transformada em tormento.
És silêncio tão limpo e brilhante
que para alguns tornaste-te insignificante
embora sintam mera necessidade
de por um pouco te ter, qual divindade!
Tens em ti um poder tão forte
de afastar, dar azar ou sorte
pois provocas pouco a pouco desunião
que existe sempre num inseguro coração,
onde o cruzar de olhos tímidos falam
e desvendam curiosamente porque se calam…
redescobrem-se num tempo infindo
desconhecendo se estão chorando ou sorrindo
desejam com todo o ser ardentemente
manter acções de denúncia,
naquele silêncio indiferente.
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