Despedida

Finalmente vou ceder-te, à vida alheia, sem mim.
Só eu é que não tinha visto,
Que isto até já passara do fim.

Se não te amasse tanto,
Odiar-te-ia.
Confia.
Tornaste-me não só uma mulher, mas também cada vez mais menina,
Tiraste a minha armadura e viciaste como cocaína.

Contigo não tinha medo.
Nem do abismo, nem da morte.
Mas o passado não vai voltar,
Só espero que, por acaso do destino, um dia nos voltemos a encontrar.