Na penunbra da noite, deitado sobre uma cama que desenha as formas do meu corpo em linhas irregulares, deito-me calmo na tua memória. Beijo-me em pensamentos fumados pelo teu cheiro e arranhados pelo teu olhar. No chão, todas as folhas amassadas, repletas de palavras insufisientes, são já um tapete. Palavras incapazes de declarar o meu amor por ti... Penso no quão banalizada é a palavra Amo-te. Não! O nosso amor não tem nada de vulgar! Garanto-te! Por ti, transformo o vulgar aos olhos do mundo. Olha: AMOTE! É isso mesmo! AMOTE sem traços! AMOTE sem espaços! AMOTE bem juntinho, assim como eu quero estar contigo. Só EUeTU.
Sentado, penso nas palavras que escrevi e no quão ridículo me julgaria há uns tempos atrás... É isso! Tu ridicularizas-me, mas olha, bem em segredo e sussurrado ao teu ouvido: ( adoro ser ridicularizado por ti). Cansei-me de procurar palavras especiais quando só te quero dizer: AMOTE CARALHO. Que mudaste de uma forma fantástica e única a puta da minha vida e a minha forma de ver o mundo! Quero-te! Quero-te tal e qual como estas palavras, nuas, cruas, verdadeiras. Quero-te sem intelectualidades. Quero-te como a lua quer o sol e todas essas paroladas e afins. Às vezes a noite é cruel para os amantes distantes e perita a torturar a racionalidade e sanidade.
Deito-me na almofada e é só a tua pele que respiro. Esta noite, peço-te, fode mais uma vez com os meus sonhos... da forma que só tu fazes e que eu amo.
Com amor
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