Realidade

 

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Portuguese

Os teus lábios tocam os meus como se conhecessem desde logo o começo do fim de tudo. Esse mesmo fim que dizima tudo o que construímos durante a nossa curta existência. Tão curta que até as palavras foram longas de mais. Quero-te tanto que me esqueço de viver. E tudo me mata, e tudo me deixa menos as memórias que me lembram de tudo o que não cheguei a viver contigo. Quem me dera que todos os desgostos se tornassem em beijos teus. E não te condeno por teres adiado o começo de nós, condeno-te por me teres permitido amar-te de mais, ou por me teres amado quando já nada mais havia para amar.

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