Livro objecto.
2015.
Artelogy.
Envolve o globo,
O globo que sou eu,
Esta massa gasosa
Doentia e poderosa
De ínfimas partes constituída
Voo pelos ares fora
Sou ave de rapina
Ouço o sentido do sentir,
E sinto oo som do teu corpo,
A se despir.
Amo cada linha da tua mão,
Que toca meu triste coração.
E é amar mais ainda
Deus é um hino de alegria,
Ou uma simples teoria.
Deus sabe o que eu não sei
E vive para lá da vida
E eu que sou à vida limitado
Sinto-me um tanto frustrado,
Rasgo a pele em pedaços,
Ao som dos teus passos.
Há em mim fogo que queima
Pirómana forma de ser
Olhos flamejantes,
Em meu jeito de ver
Sinto,
Um afecto violento,
Antevejo um desfecho dolorosamente lento
Oh! Este movimento impetuoso da alma
Simplesmente não me permite discernimento nem calma
Retrato envelhecido, emancepido
De seu nome Mãe proclamado
Esquecido, abandonado
Vestes negras de viuva que sempre fora
Mãos manchadas, de trabalhar, lá fora