~~ONDE VAIS…
Para onde vais tu, lindo veleiro, Que deste porto sais, tão majestoso, Aproveita esse mar tão fagueiro, Não queiras, que ele fique tenebroso.
~~O INFERNO
A nossa casa é nosso castelo, Lutamos para erguer suas muralhas, Feito, que se transforma em pesadelo, Se o inimigo, encontra as suas falhas.
~~À CONDIÇÃO
Já pouco mais, espero desta vida, Para além de esperar o seu correr, Que a sua maior parte, já foi vivida, E venha o seu fim, quando vier.
~~O LAMENTO DO VENTO
Eu falo com o vento e escuto Aquilo, que ele diz no seu bramir, Porque ele é um viajante arguto, Não diz tudo o que tem no sentir.
ÉS LINDO… És lindo, como o mar só pode ser, Tão belo, tão bravio e tão profundo, E tantas facetas podes conter, Mostrando cada uma, num segundo.
DEVANEIO Absorto nas minhas fantasias, Percorro esse corpo de lés-a-lés, Descubro montes, vales e baías, Do alto dos seus cumes, aos sopés.
MEU AMOR… Meu amor é pescador, Anda no mar embarcado, Vive ao frio e ao calor E fica todo encharcado.
UM NOVO SER Escrever um poema, é como quem pare, É como, quem traz à luz um novo ser, É como, se sentir triste e cantar, E dar a sua dor, a conhecer.
ENTRE A ESPUMA Tenho saudades do mar, E da areia que pisavas, Daquele teu galhofar, E do ar que respiravas.
ESTE MEU FADO Andei junto ao mar, como certo dia, Contentes caminhamos, lado a lado, E as ondas, que aquele mar trazia, Eram o nosso tapete debruado.
O QUE SE SENTE Não fiques tão perturbada, Por coisas tão triviais, Choras por tudo e por nada, Oh! Monte dos Vendavais.
AS NUVENS Olhei as nuvens no céu, Tantas figuras, lá vi, Todas envoltas num véu, Tanta coisa descobri.
A GARRRAFA Estava aquela garrafa flutuante, Em luta para chegar ao areal, Ficaram meus olhos presos, nesse instante, Na acérrima luta desigual.