Tenho receio,
Desconheço a resistência da teimosia,
Orgulho, caracter, personalidade, do meu ser.
Desconheço mas acredito, confio mas receio.
Sorrio!
Nesta minha insustentável arrogância, cínica. Apetece-me sorrir, só isso.
Há anos, não muitos, chorei. As lagrimas lavaram-me as pestanas,
Resisto-te!
Pairas sobre o meu caminho
Não me atormentas, tão pouco te receio.
Sei o significado, do teu abraço, do teu beijo.
Paz, fim de confusão, alívio. Mas…
Por detrás desta cortina. Olhas-me sem me observar,
Com o teu ternurento olhar. Gosto do que vejo,
Cada dia que passa, mais e mais …
Perdi-me!
Entre a dor e o amor,
A mágoa e o prazer, o pesadelo e o sonho,
A solidão e a multidão vazia …
Perdi-me e perdi. As linhas que tracei, para uma vida.
Peço desculpa! Desculpa porque te amei, amo e amarei.
O meu amor é intemporal, infinito. Só assim sei amar.
Não amo só com o corpo, não amo só com a alma,
Observo-te!
Suave. Olhar, lábios, sorriso. Assim és tu.
Olhar de ternura suavidade. Sorriso suave da tua pureza de sentir,
No teu lindo rosto,
O sol provoca-me a saudade.
Sinto falta de dar a mão, um abraço, um beijo.
Não sou um fanático nostálgico, mas…
Veio-me ao pensamento esse desejo,
O meu olhar registou, o cérebro memorizou,
A tua beleza é imensa, não sei quantificar.
Dias e noites. Pensamentos, reflexões,
Gota atrás de gota.
Como de sangue se tratasse.
Lá bem alto cai, sobre a minha cabeça tudo se vai.
Enviadas desde o meu tecto.
Gosto de gostar de ti.
Muito? Sim, muito. Quero estar deitado contigo,
Na areia da praia, na relva do rio,
Dá-me a mão. O céu azul ou a noite estrelada,
Fumo dois longos cigarros!
Á espera … Do frio, da chuva,
De arrepios que me fazem sentir vivo. O calor entre lençóis, o sossego,
Eu merecedor, me denuncio.
Passeio paulatinamente entre os meus pensamentos,
Dou-me conta e contas. Se pago ou não é-me, indiferente.
Estou triste!
Não sei passar para palavras. Não consigo colocar em actos,
Esse sentimento que mexe.
Humana mas desbaratada sensação.
Estou calmo, absolutamente tranquilo.
Adoro esta paz, este sossego.
Demasiado calmo,
Nem a chuva cai desta forma,
Tranquila, sobre o telhado, a bater na janela.
Estou a meio. Nasci, morri, sobrevivi, vivi,
Tudo em i, como uma melodia. Tenho vários carimbos,
Na alma, no coração, no rosto …Nenhum coincide.
Insistem com um numero,
Está sol.
No entanto é inverno, o único calor que sinto,
É o teu, no meu pensamento.
Um arrepio suave,
Não foram os teus lábios, nem uma caricia tua.
És adorável!
Desconheço o teu cheiro, os teus beijos,
As caricias do teu corpo. Desconheço mas desejo.
Transportas simpatia nos poros,
Desejo!
Fugir, fugir, fugir…
Em direcção aos teus braços. Neles desaparecer o meu ego,
O meu corpo a minha alma. Sermos um só.
Desconhecida … beleza. Vastos são os pensamentos,
Conheço a tua dor, desconheço a tua força, o mundo congratula-se, ver-te sorrir.
Desço pausadamente, pelo caminho recalcado,
Corpos passaram e voltaram. Pelo mesmo trilho,
Com alegria ou angústia. Até à areia,
Arrepiantemente fria, horrivelmente quente,
Cego! Por momentos fiquei cego.
Uma cegueira salpicada, dolorosa. Imaginei-me sem luz
Sem a minha preciosa visão. Estremeci!
Anseio por ti,
Deitado na areia, nesta longa costa
Onde o mar beija a terra, também desejo,
Tal como a areia pela água, os teus lábios nos meus.
Abrem-se as cortinas! Perfilaste-te sob o meu olhar,
Entre os teus lábios saem sons,
Melodicamente suaves, tranquilizantes. Hipnotiza a tua voz,