Vaguei pela imensidão que me rodeia, Desprovido de certezas e emoções passageiras, destinadas aos comuns mortais.
A cada dia que passa, sinto-me como uma marioneta em tua mão. Basta. Acabarei com um poeta, Inanimado no frio chão.
Encontro na noite a companheira, que sempre quis e nunca tive, e assim desta maneira, prendo-me à ideia de ser livre.
Sou arrastado pela garra da solidão, Que me afoga neste mar sem água, e me prende a este sentimento, em vão. Cresce o medo, com ela a mágoa.
Já morri tantas vezes, Nesta guerra que é o amor, Vi passarem os meses, Vi crescer esta dor...
Destrona a apática solidão que me consola, E apaga a raíva que me destrói... Incendei a melancólica chama, E como o vil sorriso de quem ama, Ensina-me a ser feliz...