Quem me dera fosse ainda primavera
e o tempo permanecesse como era,
O som dos teus passos
ainda ecoam nos silêncio vazio da noite.
Ó Natureza ardente
Que vives em cada semente
Que germina e vem de cada ventre
Que espalhado pelos quatro cantos do mundo
Quando de mim quiseres lembrar, não me procures no mesmo lugar, porque lá não estarei a lhe esperar. Me busques ao cair da tarde,
Hoje abri meu diário e fui lendo nas entrelinhas, as palavras que me dissestes e que o tempo, há muito as fez desaparecer.
Quando os olhos apago
E entro num mundo vago
És a primeira imagem
Porque me fizeste acreditar
Ser um ponto de viragem
A noite é amarga e dolorosa
Peço-te um abraço
E digo-te adeus
Ate qualquer dia
Estou farto do cansaço
Deste feitio meu
De viver apenas na fantasia
Digo-te adeus
Sou viajante
De mundos opostos
Sou amante
De dias contra-postos
Entrei numa viagem
Que parece não ter fim
Vejo-me como uma miragem
Eu, cruzamento entre
a nostalgia das noites de amor
que não cingiram os nossos corpos
e os delitos da tinta pigmentando
a língua dos astros. Quero acreditar,
Quero morrer perdoado
no regaço de uma mulher humilde
com cravos no olhar, calor nas mãos
e vinho nos beiços para eu provar
Quero voltar
Meu coração se despiu de todo o sentimento
e perambulou sem esperança,
amarrado a um raio de luar.
Desculpa por ter feito todo por ti
Por ter perdido amigos e ter ficado a beira do fim
Desculpa por ter sofrido
Por no abismo ter caído
Por tua causa
Vejo-te refletido no espelho
de minha alma.
Teu rosto eu desejo tocar,
Sigo por uma estrada quase sempre sozinha, e por mais que eu caminhe, meus passos cansados da longa jornada, tropeçam exaustos
Eu e o agora Que desfecho Já não pensar em ti Mas será que nunca deixo De lembrar que te esqueci?
7 de Maio
Tarde prisioneira do tempo, como barco encalhado no cais... Céu enovelado em tormento... Até o vento vai murmurando os seus ´´ais´´.
Cair...
Cai a noite e tudo cai à minha volta tudo cai em torrente
O que antes era certo agora é esquecido o que era paz agora é revolta