A árvore rima com a vida,
É o soneto da humanidade.
É o pulmão da Terra,
Coração da eternidade.
A árvore é dádiva da Natureza,
Eu quero ser ele Fascina a sua cor O desafio é enorme Pois perigoso é o seu nome
Olha a rosa a florescer Deitada na terra Com picos e serras
Emoções ela tem Pois viva ela está Rosa é a sua cor
Cada vez que passo
Parece que vejo algo diferente,
Descubro sempre alguma coisa
Será nas pausas ou é da gente?
Pensamentos vagueiam
Como Dói escrever
“O inesperado condiciona-nos os momentos mais fantásticos e ordinários desta vida.”
Acaso
A chuva caminhava
“Vou-me libertar ao que ficarei presa para sempre:”
Ilha
És um pouco do meu passado
uma peça do amanhã
um puzzle mal terminado
Floresta Mãe
Ao despertar na manhã a brisa procurou
entre a intensa verdura,
o que no charco reluz
identificado em branca beleza,
Em toda a minha vida não vi que não paisagens,
e são só paisagens que eu guardo em memória
onde estão meus sentimentos expressos em algo que existe.
Seja numa montanha,
És tu a alegria,
És tu, jardim em flor,
És tu, cor que cintila,
És o despertar do amor...
Os dias acordam felizes,
Com os pássaros a chilrear,
Olhai, pássaros, Olhai.. Vedê além desses montes, Voai além dessem ventos, Vinde em minha direção.
Sou uma porta sem entrada, e um baloiço sem diversão.
Sou um vulto sombrio, e um vazio no coração.
Sou algo perdido no passado, e uma imensa multidão.
O som é bruto,
calado consente gritando aos ouvidos,
fura-te os tímpanos de tão tímido,
viajando quilómetros ao vento,
o som é forte e destemido,
Nasceste-me assim que nasci Enlameaste-me assim que pudeste Nas tuas lamas renasci, cresci Hei-de voltar às tuas lamas Um dia destes....
Vagarosamente,
Como quem caminha, de noite, pela casa fora
E teme acordar a família que já dorme,
Desprende-se uma folha da árvore semidespida.
Bússola sem brisa
Amanheço com o dia
Enquanto o Sol abraça o vale.
Não se sente vento,
Aquele que é o meu guia no momento.
Ser Açoriano,
É ser Ilha …
É viver Rodeado,
Pelo Mar…
É querer,
Acordar e Adormecer
Sentindo o Murmúrio!
É olhar o horizonte …
A Praia é o refugio do poeta... Onde as palavras surgem, No encantamento das ondas ! Ouvem nas apenas quem sonha ... O sonho da maresia
São pedaços de mar que moram no ser poético ... Cheiros de maresia que penetram o ser no entardecer , Sucessivas marés que morrem no renascer das ondas ...
Uma, duas, três da manhã…
Já longe vão os meus tempos de infância
(que não tão longe assim vão, mas aparentam).
Deito-me, adormeço, sonho.
Noite alta. De véspera, portanto, essa cactácea vai preparando seu admirável desabrochar meio à noturna escuridão.
Verdes verdinhos verdões
amarelos amarelinhos marrons
azuis azuizinhos céus
Tão longe de mim, porém, não escapa à minha apreciação. Vejo-o em múltiplas tonalidades de verde contrastando com o céu azul.
Nas árvores pousava a luz de final de tarde
Vi a fuga e a possibilidade de tudo.
Aproximei-me, dos raios dessa luz em alarde
Minúscula, em brilho outonal e mudo.
~~A partida é uma chegada.
Sinto-me mais leve que nunca.
A árvore é uma vida
Desfolhada Lentamente...
Vasculho os bolsos
e tenho-os vazios.
O MUNDO
O mundo é uma bola Gira à nossa volta Quem me dera ir com ela E passar a minha porta