Tentativas mais que falhadas

Já tentei por tantas vezes esquecer o teu abraço, mas sempre que me deito agarrada a mim própria, o teu corpo invade o meu e toma o lugar do carinho que me dou, por um toque que ficou tatuado na minha pele.

Já tentei olhar as circunstâncias e por um fim a este sentimento que plantaste em mim, mas o nosso silêncio é a coisa mais deliciosa que me esquenta a alma.

Já tentei ouvir músicas no teu idioma mais prazerosas do que as tuas, mas o tom das tuas palavras entoam e não detoam nunca, nem ao sabor do temporal que não cessa, neste outono cheio de ti.

Já tentei, também, desfocar as lembranças e dar lhes outra interpretação, uma mais negativa, contudo é irreal eu acreditar que algo de negativo tenha sido criado entre duas pessoas que só de positivo transpiram, que só de fé e perseverança são compostas.

Já apaguei as tuas fotos, para não olhar para o doce rosto que me iluminou de consolo, mas elas voltam mais fortes de todas as vezes que penso em amar alguém que não sejas tu.

Já discuti com a distancia, mas ela, tranquilamente falou me que a ponte que comportava para nós estava bem estruturada e que nada a poderia derrubar, nem mesmo a minha vontade.

Já tentei olhar para as tuas coisas, mas elas desapareceram na luz da essência que tens que me fez amar pela segunda vez, no verdadeiro sentido da palavra.

Também já falei com a justiça, e perguntei lhe se era justo roubar te do meio que crias tao longe de mim, mas ela disse que era tão justo amar te sem te ter como amar te tendo te aqui.

Já tentei enrolar me noutras possibilidades, mas o futuro mostra me sempre o mesmo quadro, onde tu constróis comigo a realidade que este mundo merece.

Já tentei ir ao passado buscar antigos amores para te substituir, mas o saco onde te meti, aquele no meu peito, é o da leveza do amar e sobrepõe se acima de todas as densas e pesadas paixões que me fizeram chegar até ao momento que o teu colo recebeu o meu corpo, e caligrafou em contrato, a composição de um eterno e verdadeiro amor.