Leve quanto a sombra e o luar,
Lugar ao longo de meus braços,
Estrada que serpenteia, caminho
Leve quanto as sombras e o luar,
Caminhante que deixo de estrada
Ser e passo a ser caminho se destino for,
Lugar ao longo de braços meus,
Ilusão, desatino, viajante do nada,
Quanto na alma prossigo errado
ou incerto, repetindo sempre o mesmo
Ermo e desolado caminho, peito aberto,
Nem longe nem perto, sem lugar
Onde me sinta vivo, leve quanto o luar
E as sombras, murmuro num solitário
Deserto e sinto indicarem-me as estrelas
O tal símbolo ou culto ceptro ou coroa
Deles por direito, fé ou lei vulgar, ser’que
Sou, meus braços prolongando-se
Na estrada caminho, destino, enfim
Posso ver a alma, como se num poço
O Brilho, de tal símbolo culto ou oração,
Leve quanto as sombras e o luar a meio,
Submissos quanto meu coração
Perante a morte ou da noite o medo,
E que não acorde antes do fim do caminho,
Leve quanto as sombras de algum lugar
Vazio quanto eu e o luar a meio,
Caminhante que deixo de estrada ser’sendo
D’algum lugar outro ao longo destes braços,
Se meus, sendo sombra em lugar ermo, eu…
Jorge Santos (02/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Leve quanto as sombras e o
Leve quanto as sombras e o luar a meio,
Submissos quanto meu coração
Perante a morte ou da noite o medo,
Caminhante que deixo de
Caminhante que deixo de estrada
Ser e passo a ser caminho se destino for,
Lugar ao longo de braços meus,
Ilusão, desatino, viajante do nada,
Quanto na alma prossigo errado
ou incerto, repetindo sempre o mesmo
Ermo e desolado caminho cego
E que não acorde antes do fim
E que não acorde antes do fim do caminho,
Leve quanto as sombras de algum lugar
Vazio quanto eu e o luar a meio,
Caminhante que deixo de estrada ser’sendo
D’algum lugar outro