O Poema andava desmotivado. Há muito tempo não conseguia dizer mais nada nem por em versos o menor sentimento. Não sabia o que acontecia com ele. Por mais que tentasse, as palavras emudeciam e se perdiam em sua mente. Queria falar dos seus sentimentos, mas não sabia por onde começar. Então procurou o seu amigo, o Conto, pois sabia que ele sim estava sempre pronto para contar o que quer que fosse. Mas o Conto não era nada sem a presença da sua amiga a Imaginação. Ela sim,tinha uma mente prodigiosa e uma imaginação sem limites. Percorria os labirintos do tempo e sempre encontrava algo para contar. A Imaginação também dependia de mais alguém e quem poderia ser esse alguém, senão o Conto que era quem dava asas à Imaginação e juntos faziam um passeio por todo o universo e haviam tantas coisas para serem contadas que a Imaginação às vezes não sabia por onde começar. E quando começava, não sabia mais onde parar. O Ponto Final, afinal, era quem decidia como as coisas deveriam terminar. É claro que ele era um ser importante, pois sem ele nem o Poema nem o Conto podiam terminar qualquer coisa que houvessem começado. E o Ponto era o ser mais importante de qualquer estória. Por ele não estar presente em muitas situações, grandes foram os erros cometidos em seu nome ou na falta dele. Por este motivo, vou colocar um ponto final neste conto. Está bem aqui: Ponto Final!
Débora Benvenuti
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E o Ponto era o ser mais
E o Ponto era o ser mais importante de qualquer estória.
Por não estar presente em
Por não estar presente em muitas situações, grandes foram os erros cometidos em seu nome ou na falta dele.