Portuguese
Continuas aqui, mas não o mesmo. Desfizeste-te dos encantos, da ternura vencida, dos olhos que me alargavam o mundo. Tanto tempo me impuseste o universo, tantas vezes me despedi sempre a ficar. Hoje, já não fico, mesmo que te veja mais. Já não encontro o eco do teu silêncio dentro de mim. Já não acordas nos meus sonhos, vestido de sons e flores. Tudo se desvanece, porque fui eu que o inventei. Será que tenho ainda que ser eu a desinventar-te, minha criação perfeita? Como se destrói uma obra prima? Novamente no chão, me espera a flor e a água e esta capacidade de renascer da terra...
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" tantas vezes me despedi
" tantas vezes me despedi sempre a ficar".
está lindíssimo,