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Agostinha Monteiro - Vidas em Devir | In becoming lives

 

Agostinha Monteiro - Vidas em Devir | In becoming lives

€16.00 IVA incluído

Livro. Artelogy. 2022.

Prefácio
Um olhar atento aos títulos dos poemas de Vidas em Devir, de Agostinha Monteiro, possibilita ao leitor uma entrada imersiva num universo poético povoado de esperança e de sonho, ainda que desvelando os desencantos que, de tempos a tempos, nos surgem no caminho e nos forçam a refletir sobre a essência do mundo e da própria escrita.
    Em “Amar para sempre”, primeiro poema desta obra, somos confrontados com a força maior do universo, o Amor, um amor “incondicional”, que é corpo, que é desejo, que é eternidade. E é esse amor resiliente e cúmplice que em “Bodas de ouro” se revela nos seus alicerces existenciais, “desafiando” a racionalidade e dando voz ao reinado do “coração”. Logo de seguida, em “A essência da vida”, a poeta caminha connosco, na nobreza dos sentimentos mais puros, apontando para um sentido de “missão”, que desenhará, a traço leve, a saída de cada um dos labirintos com que nos confrontamos na rotina de dias sem retorno.
    Continuando a deambular pelos poemas, rapidamente apreendemos a ideia de que a poeta oscila entre mágoas que perturbam memórias carregadas de tempo e pontes que se lançam diante dos nossos passos, como se olhássemos para trás com olhos de futuro. Será, assim, no movimento de crença no outro e no mundo que o sujeito se elevará até à plenitude existencial, sentindo em si a força telúrica de uma “natureza” que grita pela liberdade, que ousa a “felicidade”.
    A vontade de enveredar por cada atalho que o poema delineia em nós é imensa, pois todos queremos conquistar essa resiliência poética, trazendo-a para as nossas desassossegadas vivências do tempo e dos lugares provisórios que definem o humano. “Escrevo em mim o que sinto”, diz-nos o sujeito que desbrava sonhos e impressões de vida em “Ilusão do sentir”, assumindo a escrita como lugar de “comunhão” universal, como espaço de acolhimento das coisas mais simples da vida.
    Podemos agora continuar até uma “Terra de encanto”, em que a poesia das origens da poeta nos leva pela mão até ao “mar” de uma terra sem “mar”, mas em que aos “montes” e às “serras” é dado o papel principal, o de plantar horizontes, o de quebrar a interioridade geográfica, o de arquitetar um lugar sem tempo.
    A poesia é, nesta obra de Agostinha Monteiro, um lugar de puras emoções, numa escrita que dignifica a beleza e a simplicidade das coisas vividas e daquelas que ainda estão em “devir”, abrindo-se, assim, à Vida.
                                                                                                                         
Rosa Maria Mesquita

 

Género: 

Tempo estimado de entrega: 

Uma semana.
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